

A Realidade das Mulheres e o Narcisismo Masculino
A dor e a confusão que a mulher pode estar sentindo. Exemplo: “Se você sente que sua autoestima está sendo minada, que suas emoções são constantemente invalidadas, ou que vive em um ciclo de euforia e desvalorização, saiba que o que você está vivendo é real. E você não é a culpada.


A dor e a confusão que a mulher pode estar sentindo. Exemplo: “Se você sente que sua autoestima está sendo minada, que suas emoções são constantemente invalidadas, ou que vive em um ciclo de euforia e desvalorização, saiba que o que você está vivendo é real. E você não é a culpada.
O Que é o Narcisismo em um Relacionamento? (Conceituação)


As Táticas de Manipulação
(Expondo o Abuso)

Esta é uma seção crucial para a identificação do abuso.
O Impacto na Vida da Mulhers


Buscando Ajuda e Saída (O Caminho Adiante)


Florianópolis, 23/10/25 – O tapete macio do dojô de Jiu-Jitsu, tradicionalmente dominado por homens, tem se transformado em um palco de empoderamento e autodescoberta para mulheres. Mais do que uma arte marcial ou defesa pessoal, a prática do Jiu-Jitsu Feminino surge como uma ferramenta poderosa que auxilia muitas mulheres a reconstruir sua autoestima, recuperar o controle sobre suas vidas e, em muitos casos, a se libertar das amarras e da influência destrutiva do narcisismo masculino em seus relacionamentos.
Embora o narcisismo seja um traço de personalidade que pode se manifestar em ambos os gêneros, estudos apontam uma prevalência maior de traços narcisistas em homens, como senso grandioso de autoimportância, necessidade de admiração excessiva e falta de empatia. Relacionar-se com um parceiro com esse perfil, seja em uma dimensão clínica (Transtorno de Personalidade Narcisista) ou apenas por traços acentuados, é frequentemente uma jornada de desgaste emocional, manipulação e submissão.
O Jiu-Jitsu, conhecido como a “arte suave”, baseia-se no princípio de que a técnica e a alavanca superam a força bruta. Essa filosofia ressoa profundamente no contexto do empoderamento feminino:
Reafirmação do Corpo e da Força Interior: No tatame, a mulher aprende que seu corpo é uma máquina de controle e resistência. Ela desenvolve força física e, crucialmente, força mental. Essa percepção contrasta diretamente com a dinâmica do relacionamento narcisista, onde o homem frequentemente desvaloriza a capacidade e a força da parceira para manter sua superioridade. Ao finalizar um oponente maior, a praticante de Jiu-Jitsu internaliza: “Eu sou forte. Eu sou capaz.”
A Habilidade de se Proteger (e a Confiança que a Acompanha): A defesa pessoal, um pilar do Jiu-Jitsu, não se resume a técnicas físicas. Ela constrói a autoconfiança necessária para se posicionar e estabelecer limites fora do tatame. Em um relacionamento com um narcisista, onde o abuso psicológico é a regra e o físico, um risco, o conhecimento de uma arte marcial serve como uma âncora de segurança, desfazendo a sensação de vulnerabilidade e medo que o parceiro tóxico cultiva.
Desenvolvimento da Resiliência e Foco: O treinamento de Jiu-Jitsu é desafiador. Envolve derrotas, frustrações e a necessidade de persistir. Essa “escola de resiliência” equipa a mulher para lidar com a manipulação emocional. Ela aprende a manter a calma sob pressão e a focar na solução, habilidades essenciais para reconhecer e se desvencilhar dos jogos mentais e da “vitimização” típicas do perfil narcisista.
Muitos relatos de praticantes de Jiu-Jitsu destacam a importância da comunidade do tatame. Longe de um ambiente puramente competitivo, as academias se tornam espaços de acolhimento e sororidade.
“O tatame é um refúgio. É o lugar onde você é encorajada a ser forte, a falar, a não aceitar o desrespeito. A rede de apoio que encontrei aqui foi fundamental para eu perceber que o que eu vivia em casa não era normal”, relata uma praticante que preferiu não se identificar.
Em um ambiente narcisista, a vítima é frequentemente isolada de amigos e familiares. O grupo de treino de Jiu-Jitsu preenche essa lacuna, oferecendo um círculo social saudável que valida a experiência da mulher, reforça sua identidade e a apoia na jornada de superação e autovalorização.
A libertação do narcisismo masculino não é apenas sobre se defender de uma agressão física, mas sobre se desvencilhar da agressão psicológica que destrói a autoestima.
O Jiu-Jitsu exige que a praticante se torne a principal agente de seu próprio desenvolvimento. Ela é responsável por sua técnica, sua evolução e sua presença no rolamento. Essa autonomia se traduz na vida pessoal. A mulher que conquista a faixa azul no tatame é a mesma que encontra a coragem para reavaliar seu relacionamento, buscar seus objetivos e, se necessário, sair de uma situação de abuso.
O esporte lhe dá a prova concreta e irrefutável de que seu valor não é definido pela admiração ou pelo espelho que o outro lhe impõe, mas sim pela sua própria disciplina, força e capacidade de se reerguer após cada queda. O Jiu-Jitsu, assim,
funciona como um catalisador para que a mulher abandone a necessidade de validação externa e encontre sua verdadeira e inabalável autovaloração .
Se você ou alguém que você conhece está vivenciando um relacionamento abusivo, procure ajuda. O Centro de Valorização da Vida (CVV), a Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) e o contato com a Polícia Militar (190) são canais de apoio e emergência disponíveis.
EM BREVE AULAS DE DEFESA PESSOAL PARA MULHERES